
Deputado afirma que trabalho da Polícia "deixou a desejar"
Aeronave modelo King Air estaria em fazenda de traficantes, na divisa entre MT, RO e Bolívia
Pela falta de informações no departamento de inteligência das polícias Federal e Civil, Riva reconheceu que a ação em solo estrangeiro não é fácil, mas classificou como “ineficientes” os trabalhos.
“O que constatamos é que o serviço não foi levado a bom termo, apesar de não poder condenar um trabalho em solo estrangeiro”, disse o deputado.
O piloto Evandro Rodrigues de Abreu e o copiloto Rodrigo Agnelli foram sequestrados quando o avião modelo ir C90GTI, de 2006, prefixo ATY, foi roubado, durante um evento de campanha na cidade de Pontes e Lacerda.
Após 40 dias desaparecidos, os pilotos foram libertados pelos próprios traficantes, no município de Santa Rosa, na Bolívia.
Segundo Evandro, eles estavam sendo usados para pilotar o avião na Bolívia para o tráfico de drogas, que tem pista de pouso na região, a cada cinco quilômetros.
Como houve desentendimento entre os sequestradores, eles os soltaram na divisa de Rondônia.
De lá, percorreram cerca de 500 quilômetros a pé, pedindo carona, até chegar a Guayaramerín, no Departamento de Beni, na Bolívia, cidade que faz fronteira com Rondônia, onde conseguiram contato com a polícia brasileira.
Após a confirmação de que os pilotos estavam bem, Riva disse ter comunicado à Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) sobre o possível paradeiro dos sequestradores.
“Segundo o que o Evandro falou comigo, o avião está próximo à Santa Rosa, região com muitas fazendas de traficantes. Os sequestradores estão no local, remodelando o avião. Sabemos que já pintaram a aeronave e colocaram um tanque extra. Basta a Interpol querer, que os pega”, afirmou o deputado.
Tráfico
A liberação de Evandro Rodrigues e Rodrigo Agnelli aconteceu na terça-feira (28).
Durante os 40 dias em que ficaram em território boliviano, ambos foram mantidos como reféns em fazendas distribuidoras de drogas, na divisa entre Mato Grosso, Rondônia e Bolívia.
MAX AGUIAR
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